quinta-feira, 31 de maio de 2007

Caio Fernando Abreu

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"O acontecer do amor e da morte desmascaram nossa patética fragilidade"
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- Em memórias de Lilian -
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.Pequenas Epifanias
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"Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio"
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- Existe sempre alguma coisa ausente -
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Pequenas Epifanias
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"A perda do amor é igual a perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a) - mas a morte é inevitável, e portanto normal. Quano você perde alguém que você ama torna-se tão irremediável quando não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo (a). Mas nãos e tem, nem se terá, quando o fim do amor é : NEVER"
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"Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida"
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"Ele a olhou. Ela, louca de amor por ele, não o reconheceu. Ele havia deixado de ser ele: tranformara-se no símbolo sem face nem corpo da paixão e da loucura dela. Não era mais ele: ela amava alguém que não existia mais, objetivamente. Existia apenas dentro dela"
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"Exigimos o eterno do perecível, loucos "
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"Não compreendo como o querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo sim"
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- Extremos da Paixão -
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Pequenas Epifanias
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"Não te tocar, não pedir um abraço, não pedir ajuda, não dizer que estou ferido, que quase morri, não dizer nada, fechar os olhos, ouvir o barulho do mar, fingindo dormir, que tudo está bem, os hematomas no plexo solar, o coração rasgado, tudo bem"
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- Ggaropaba mon amour -
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Pedras de Calcutá

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